A Cruz de Morrigan - Nora Roberts

"- Vós assassinais.

- Quando vocês caçam o cervo na floresta e lhe tiram a vida, isso é assassinato? Vocês não são mais do que cervos para nós e, sim, menos, geralmente menos que isso."

A História: Cian Mac Cionaoith deixou-se levar pela luxúria e entregou sua alma à Lilith, uma vampira poderosíssima e virou um demônio. Hoyt, seu irmão gêmeo tenta salvá-lo, mas em vão.

Em contrapartida, ele recebe uma missão especial, uma missão da deusa Morrigan. Teria que viajar quase mil anos através de um portal e reencontrar-se com seu irmão, que se tornara uma criatura sombria, quase sem sentimentos, e com ele montar um exército, um círculo de seis pessoas, cada uma com uma habilidade especial.

A bruxa, a erudita, o guerreiro, aquele de várias formas, além de Cian, o vampiro, e Hoyt, o feiticeiro.

Essas seis pessoas que praticamente não se conheciam, precisariam aprender a lutar contra um inimigo muito forte, estando em completa desvantagem. Porém, o mais importante que eles precisariam aprender era a confiar um no outro. As consequências? O fim da humanidade.

Cada um com seu propósito, cada um com seus sentimentos e segredos... todos unidos por laços de sangue e magia.

Minha Opinião: Estou há mais ou menos meia hora olhando para o monitor sem saber como iniciar essa resenha. Como falar de um livro que lhe impressionou como há muito tempo não acontecia? Como resenhar o melhor livro de sua autora favorita? Uma responsabilidade grande... mas prometo tentar.

Nora Roberts conseguiu um feito que me parecia impossível. Ela superou a si mesma. A Cruz de Morrigan tem cheiro de Nora Roberts, mas não é parecido com nada que ela escreveu até hoje.

Cansado de vampiros? Dê uma chance a esse livro.

A história é contada da forma delicada e ao mesmo tempo intensa de Nora, mas sua escrita dessa vez foi como uma melodia sombria e poderosa, e ela criou um crescendo perfeito.

O romance? Hoyt é um feiticeiro cheio de sentimentos, nobreza e princípios. Glenna é uma bruxa de língua afiada, personalidade forte e com um coração que mal cabe no peito. Ela é o pára-raio dos seis, aquela que os faz lembrar o tempo todo o real motivo daquela missão - a preservação da humanidade. Os dois são muito poderosos, mas quando se unem, o amor que os toma é tão forte, que os torna quase invencíveis. Nunca vou me esquecer da cena onde eles fizeram amor em meio à magia que produziam... luzes, pétalas de rosas... inesquecível.

A união dos personagens, a maneira como os seis se encontram, como misturam diversos poderes diferentes, passado e presente na intenção de salvar o futuro é fascinante. Cian é fascinante. Um vampiro (que me lembrou Damon de Vampire Diaries, mais maduro) cheio de ressentimentos, mas que não bebe sangue humano e que concorda em lutar contra sua espécie. Pena que o livro dele é o último.

Não sei mais o que dizer. Estou encantada, presa a essa história, a esse mundo mágico e negro criado pela minha diva. Fechei a última página do livro, mas minha alma ainda ficou na Irlanda, com o Círculo dos Seis, com Morrigan.

No mais, A Cruz de Morrigan é possivelmente o melhor livro que já li. Não percam!

Quantas Estrelas: ***** (seis, sete...)

Tem uma trilha sonora? Escolhi a mesma música que escolhi para minha trilogia. E nem fiquei com ciúmes - Sweet Curse de Revamp